terça-feira, 5 de junho de 2007
Olá
Olá,
É engraçado como de um tempo para cá a facilidade de nos comunicarmos tem mais aprimoramento. Hoje encontramos quem quer que seja na internet, basta um click e pronto, lá está toda nossa vida em aberto. Cada dia fica mais fácil clonar as coisas ou as "pessoas". Ainda hoje recebi uma mensagem que alguém está enviando palavras de baixo calão a amigos meus assinados como se fosse eu. Jamais utilizaria tais meios, quando tenho que falar algo, simplesmente falar e quem me conhece sabe que falo assim frente a frente sem medo.
De uma coisa tenho certeza a partir de hoje estarei blogada em todos os assuntos e em todos os blogs. Estarei blogada no meu amigo Lauande, no meu amigo Zé Carlos Lima e outros que encontrar.
Abraço.
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
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