segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Desafio Continua

Sob cânticos e marchas, dor, protestos e visível revolta, ocorreu a carreata do MOVIDA - Movimento dos Familiares e Amigos das cresentes vítimas da violência urbana, dia 10/01/2008, com saída às 10h, da Tv.Do Chaco..Estive presente à convite do querido Agusto Cruz do caso Nirvana e da D.Iranildes do caso Gustavo Russo.O que começou como embrião na Igreja Anglicana, estimulado pelo movimento "Viva Lauande!Lauande Vive!", começa a ganhar corpo agora enquanto iniciativa da sociedade civil.Aliás, só em dois estados do Brasil tem esse tipo de iniciativa: RJ e PA.É necessário compreender isso.Que não se combate a violência só com infraestrutura operacional.É preciso construir uma mentalidade pela efetivação da chamada "cultura de paz".Até porque a violência enquanto fenômeno desafiador não tem um único fator como determinante.É multifatoral, isto é, no sentido de que procede de múltiplas causas: sociais, morais, psíquicas, espirituais, etc.Por exemplo, dizer que um jovem violento que rouba e mata resulta só das assimetrias sociais é puro reducionismo.Porque na pátria Brasil temos pendências seculares não resolvidas e não vislumbramos horizonte tão próximo pra resolvê-las.Só daqui há algum tempo.Mas o problema é que as pessoas estão sendo mortas agora.Por isso, absolutos historicamente construidos e repetidos por quem luta por justiça social começam a ser confrontados com a realidade.Faz-se necessário pensar mais uma ética de contexto do que aquela da idealidade.Colocando na agenda dessa discussão o procedimento mais rigoroso quando se trata da ameça séria desse outro" estado paralelo" em curso.Há muito que os marginais de hoje audaciosamente ultrapassaram os contornos determinados pela moral antiga.O ladrão do passado, porque procedente de familias interioranas, ainda guardava algum receio pelo ultraje à vida alheia.Tanto é que, no passado, expedientes do roubo seguido de morte, causava consternação geral e algo da maior gravidade exemplarmente punido pelas autoridade, vide casos famosos nos arquivos dos órgãos de segurança. Hoje, desgraçadamente, a tendência pra banalidade assusta.É urgente fazer alguma coisa agora.Governos pretéritos, cuja mentalidade era da megalomania, colocaram borboletas em ar condicionado, galpões granfinos refrigerados na parte mais arejada da cidade, pagavam fábulas pra partre da imprensa esconder as mazelas, mas esqueceram a juventude.Para a qual, bastava construir 8 CTJ - Centros de Treinamento para Juventude, nos oito distritos de Belém. E o resultado:Considerando 20 dias/mês; atendimento de 200 jovens/dia;1600/dia;32000/mês + bolsa atleta.É dessa revolução que precisamos.Simples, boa e barata.É constatação do grupo de estudo da violência.Ainda há tempo de discutir essa agenda interinstitucional, supragovernamental e suprapartidária.