OI,
HOJE RECEBI ESTA MENSAGEM E ACHEI MUITO BOA PARA COMPARTILHAR
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Na Luz do Amor
Meus queridos irmãos e distintas irmãs de nosso ideal com Jesus, supliquemos juntos ao Senhor as dádivas do entendimento e da paz, da fé e do amor fraternal ante a infinita misericórdia de nosso Pai, manifesta entre nós em luzes e bondade inexcedível. Temos a considerar por gratidão e reconhecimento a amizade sincera que nos devemos unsaos outros, o esforço pela adoção da mensagem de Amor do Evangelho e o trabalho que nos enobrece os dias, a vida interior, sempre louvando a Deus.
Vemos as manifestações dos generosos corações que em nós, pequenino candidato à luz cristã, enxergam o que compete e esplende em Jesus,nosso Senhor. É a nossa gratidão profunda, pelo cunho de bondade e ternura, verdadeiro estímulo ao nosso coração ainda imperfeito, a nos propor o prosseguimento da grande luta pela renovação de nós próprios à Luz do Evangelho. Não utilizamos aqui, nessas notas de conhecimento e gratidão o efeito convencional do pensamento humano, divorciado do amor a Deus; não! Salientamos a verdade que se estampa na vida que passamos entre sacrifícios e lágrimas, fé e serviço a descobrir em sublime usufruto: todos os nossos desentendimentos na Terra são ainda nódoas de nossas tendências inferiores, quais sombras transitórias entre claridades inapagáveis do Amor Divino.
Na Jornada Espírita Cristã os desafios sempre correm por conta de nossas imperfeições. Digo-lhes isso com a sinceridade depreendida das experiências que nos assinalaram os anos de abençoado aprendizado e
labor entre o mundo físico e o espiritual. O Chico que todos vocês identificam com a inalterável bondade de suas almas tão queridas, não é mais que a projeção dos potenciais que brotam, belos e imorredouros de seu sentimento já convertido à Nosso Senhor Jesus Cristo. O nosso encargo no Espiritismo alcança níveis de responsabilidade muito altas, porque todas as aberturas da sociedade humana à sublime revelação que
nos chegou com Allan Kardec nos requisitam o esquecimento de tudo aquilo que em nós se assemelha a impedimento, a adulteração dos excelsos propósitos Evangélicos, então redivivos pelos ensinos dos espíritos.
A mais expressiva manifestação do Amor é a Fé, que nos corrige os vícios, que nos soergue nos dramas e provações de toda ordem, que nos aponta o Senhor no cume do monte, que se alteia cada vez mais pelo
mecanismo da evolução e do progresso. A ventura dos que efetivamente compreendem a Doutrina dos Espíritos está em servir, porque servindo sem exigências, sem elitismo, sem a sombra dolorosa das vaidades e do orgulho, exercitamos o Dom do Amor. Não há outro meio, meus irmãos, dever e sentir Deus por dentro do próprio ser.
O Cisco que lhes fala neste instante, ainda e por muito tempo necessita das preces amorosas e amigas de todos vocês. Uma encarnação iluminada pela Doutrina e buscando a própria educação nas disciplinas
libertadoras é um passo expressivo, mas não a santidade, consoante muitos pensam. Respeito a todos é o princípio elementar da subida, não reconhecemos autoridade em quem não ama, excluído dos propósitos
divinos. Mas quando o silêncio nos freia os impulsos primários e a paciência nos versa sobre a sabedoria de Deus, o verdadeiro entendimento do que o Espiritismo nos revela nos torna melhores e nos capacita à secundar os bons espíritos nesta escalada que segue para o infinito da criação, revelando-nos Deus.
Amemo-nos uns aos outros, meus irmãos, sem competições, sem vaidades, sem presunção, sem desprezo ao que nos ensinou Jesus, em sua missão redentora, de nossos velhos e perigosos hábitos humanos. Sobre o nosso Brasil paira a benção da mais grave responsabilidade: a da vivência do Evangelho puro e simples, em que a fé e a caridade dando-se as mãos, ilustre, para todos os nossos irmãos em sofrimento e negação, a
presença de Deus.
Nós agradecemos com a alma e o coração, empenhados no compromisso de
servir e amar, porque a mais alta distinção de um filho de Deus
Altíssimo é fazer Sua vontade Augusta em todos os lances e ocorrências
do caminho. Suplico ao nosso anjo maternal, nossa Mãe Santíssima, que
a todos abençoe em nome D ’Ele, o Senhor e Mestre, nosso Governador
planetário, que nossos benfeitores de sempre, a serviço de Ismael no
Brasil, e em favor de todo o Mundo nos inspirem, hoje e em todos os
dias que virão, a compaixão e a amizade; a confiança e a abnegação.
Obrigado meus amigos tão queridos, a homenagem dos corações segue para
Jesus, como todas as nascentes fornecem a água que repousará nos
oceanos. Sirvamos sem desalento e sem exigências, porque o Amor é o
nosso prêmio supremo, falando de Deus ao nosso ser. Do menor servidor
e amigo de todos,
Chico Xavier (psicografia de Wagner Paixão – 3º Congresso Espírita
Brasileiro – 18/04/2010)
terça-feira, 27 de abril de 2010
Na Luz do Amor
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
segunda-feira, 26 de abril de 2010
DITO E FEITO
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
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