Confesso...
As vezes me bate uma tristeza sentindo falta de não sei o que?
Acho esquisito...
Tenho um marido maravilhoso,
Uma enteada amiga e carinhosa
Um filho carinhoso e amigo
Uma filha preciosa e linda...
Sou coruja com todos eles.
Mas ultimamente, confesso que as vezes fico triste...
Parece que resolvo tudo e nada resolvo
É uma contradição...
Eu não sei mais o que fazer...
Tento me aprofundar nas leituras e viajo por outros caminhos, quando percebo preciso voltar ao inicio pois o que li, não compreendi.
Preciso ficar atenta a tudo e a todos.
Gosto de estagiar, gosto de estudar, gosto de trabalhar, mas nada disso está me satisfazendo... falta algo.
Minhas notas sempre foram Excelentes agora está do Regular ao Bom... caramba o que aconteceu...
Será que não sei nada... to desaprendendo. Acho que não... confesso que o ato de aprender me atemoriza de vez em quando mas o ato de desaprender me assusta mais ainda.
Confesso que o ato de amar me mantem meio atordoada...
Confesso que me bate um medo de não ser uma boa mãe, uma boa filha, uma boa esposa, uma boa neta, uma boa madrasta... caramba tenho muitos medos.
Mas eu me esforço... Mas confesso que às vezes acho que ainda não é suficiente.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
CONFESSO... DESABAFO!!!!!!!!!!!!!!!
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
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