Sabe...
tem vezes que estamos saudosos...
lembrando de momentos que a gente para e rir sozinha andando no meio da rua...
Faço muito isso...
Não me importo com o pensamento dos outros.
Porém, hoje foi diferente
lembrei muito de ti...
Não é fácil para mim falar de meus próprios sentimentos
fico meio sem graça,
mas te confesso que estou morta de saudades.
Sim...
Saudades...
Saudades de conversar contigo, de escutar tua voz de radialista...
de me sentir protegida mesmo a distância...
E, realmente devo está com saudades,
pois faz tanto tempo que eu não utilizava este local...
Mas sei que sempre lê as minhas postagens.
Hoje lembrei do fusca azul, das viagens a praia quando criança,
de como me sinto feliz quando estais por perto,
do sorvete da cairu, do teu colo macio e aconchegante
Sei que a distância que nos separa é imensa,
e que muito pouco tempo passamos juntos,
mas tenha certeza que sempre que penso em ti
volto a me sentir criança.
Te amo muito Pai!
Walkyria Santos
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Saudades II
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
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