quinta-feira, 31 de maio de 2012

O bairro do Bengui



O bairro do Bengui, começou a constituir-se na década de 1940, fruto de ocupações
desordenadas. O Bengui integra, atualmente, o Distrito Administrativo do BENGUI -
DABEN, que abrange os bairros do Bengui, Parque Verde Pratinha, São Clemente e
Tapanã. ().
A população residente é composta praticamente por famílias de baixa renda,
constituindo verdadeiros bolsões de pobreza, sem nenhuma infra-estrutura urbana
como saneamento básico, segurança pública e outros serviços necessários à
qualidade de vida. (PGRU, 2001)
O bairro possui população de 67.365 habitantes (IBGE/2000), a grande maioria
são migrantes de diferentes bairros  da cidade de Belém, além de uma
parcela vindos da zona rural paraense e de outros estados brasileiros, expulsos que
foram de suas terras, tanto pela cobiça desenfreada do latifúndio, como pela
miséria e pela absoluta falta de serviços públicos.
A história do bairro, está diretamente  ligada ao processo de expansão urbana
desordenada da cidade de Belém, com todos os problemas que acarreta, como por
exemplo: ausência de infra-estrutura, alto índice de violência, falta de segurança,
precário serviço de saúde e educação, desemprego e subemprego, alto índice de
trabalhadores no mercado informal (58% da população economicamente ativa do
bairro) e 51% por cento das famílias, com crianças e adolescentes de 0 a 14 anos,
tem rendimento médio mensal per capita de até ½ salário mínimo. (Fundação
ABRINC).
Acrescente-se ainda, a inexistência de espaços públicos para atividades culturais e
de esporte e lazer, sobretudo, para crianças e adolescentes. Não há bibliotecas
públicas e as salas de leitura existentes nas escolas do bairro e arredores, não
possuem acervo literário suficiente e acessível, e nem de profissionais preparados
para atender aos estudantes e a comunidade.
Na década de 80, o bairro do Bengui  ficou conhecido pela capacidade de
mobilização e participação popular de seus moradores que, organizados em Centros
Comunitários, Associação  de Moradores e em outras organizações como: o
Movimento República de Emaús- MRE, Núcleo de Educação Popular- NEP, Grupos de
Mulheres, grupos Culturais e com o apoio das Comunidades Eclesiais de Base
conquistaram (e continuam conquistando) os serviços públicos ali existentes.

http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem01/COLE_1551.pdf

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