domingo, 10 de janeiro de 2016

Amizade!



Pra quem me conhece sabe o quanto valorizo uma amizade. Sim, adoro fazer amigos, conservar os antigos, reavivar amizades antes esquecidas. Essas coisas. Isso faz com que eu me sinta viva. E, falando de amizade... dia 08 de janeiro uma amiga minha completou mais um ano de vida. Sim, ela fechou um ciclo e iniciou outro. Se eu vou vibrar? Lógico, que sim!
Ela é uma "amigona". Conheço ela há tres anos, mas já parece que são 30. A gente rir, conversa, se junta "pra brigar", pra beber e até pra fazer dieta, sendo que ela cumpre e eu não. Ela é aquela amiga que puxa a tua orelha, tu ficas brava na hora, mas logo depois passa. Ela é aquela amiga que diz eu vou me mudar, e tu pensas: "meu Deus os livros". hahaha
Não tem como eu não comemorar esse novo ano contigo amiga. Nesse tempo de amizade, já me conheces bem até demais, já passamos muitas coisa. Sim, tenho que comemorar por que completamos três anos de amizade também. (Ai, isso tá meio meloso, ela vai me matar, mas tudo bem... ).
Obrigada amiga por me dar uma sacudida quando eu mais precisava e ter me incentivado, quando pensei em desistir de muitas coisas. você não sabe o quanto teu "ombro amigo" foi valioso.
Obrigada por todo o apoio dado em meu momento de tristeza, por ter largado tudo, mesmo tendo um milhão de coisas pra fazer, e, no momento em que eu mais precisava ter dito: chora por que é preciso chorar, isso é importante pra ti. 
Obrigada pelos puxões de orelha e por ser uma grande irmã, por que acho que é isso que irmã faz... Obrigada pelas risadas e com certeza são muitas...
Te agradeço por muita coisa. E te desejo um oceano de felicidades e que sejas banhada por muita saúde e alegria.

Um pouco de Carpinejar pra ti amiga...
 
"Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.

Os amigos são para toda vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.


Temos o costume de confundir amizade com onipresença, e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.

Amizade não é dependência, submissão. Não se tem amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.

Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!

O que é mais importante: a proximidade física ou a afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.

Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.

Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem estar.

Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles, “vamos nos ligar?”, num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
 
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo final de semana ou me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso os encontre, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.

Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia. Significativos em cada etapa de formação. Não estão na nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinado, de forma perceptível, as nossas atitudes.

Quantas juras foram feitas em bares a amigos bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade."
 
(Fabrício Carpinejar)

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