ANTROPOFAGISMO NO BRASIL COLONIAL?
Seminário histórico
Nos livros escolares aprendemos que os índios comiam carne humana. Há um certo desconforto com esta
apresentação da cultura indígena, pois, faltam relatos comprovados deste traço cultural. É dado por
descontada a antropofagia. Mas as testemunhas que presenciaram este fato de "bestialidade" são
confiáveis? Cita-se habitualmente Hans Staden e sua "Viagem ao Brasil", mas tem sabor, inclusive com
seus desenhos, de uma história para assustar crianças. Quem ganhava com isso? Uma ideologia que
assumindo os índios, com este hábito contra a natureza, mereciam prisão e escravidão e por outro lado,
quando contada pelos índios, esta versão servia para amedrontar seus agressores? Quais fatos concretos
de testemunhas oculares temos e em que medida e onde acontecia este chamado "ato ritual" ou bestial?
Destinatários
Universitários, profissionais da área de letras, história, sociologia, filosofia, teologia e público em geral
Programa
O que entendemos hoje e o que entendiam então
Relatos autênticos e fontes primárias
As ideologias vinculadas à antropofagia, quem se beneficiava?
15 e 16 de maio
Das 8h30 às 12h30, no CCFC
ENTRADA FRANCA
Coordenação
Pe. Ilario Govoni, sj.
Realização
CCFC e PU
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
ANTROPOFAGISMO NO BRASIL COLONIAL?
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa
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