quinta-feira, 13 de maio de 2010

não aprendi dizer Eu te Amo

Hoje li um e-mail que recebi de uma amiga sobre uma crônica de Arnaldo Jabor publicada no Jornal o Dia (não citava a data). Tinha como título “Estamos com fome de Amor”, achei bem interessante ainda mais depois de ter lido o livro de Zigmunt Baumann, “Amor Líquido”.


Nesse texto de Jabor, acaba tratando sobre como estamos vulneráveis ao sexo por sexo, mas estamos ansiando o amor, que contraditório? Pois se estamos buscando o amor, como podemos sair por ai transando com qualquer pessoa sem pensar nos sentimentos do outro?

Observei, durante a leitura, que realmente muitas vezes somos como objetos em vitrine de supermercado, alguém vem te leva pra “casa”, te descasca , te consome e depois vai embora. Tudo bem que sentimos um prazer enorme após o uso. Mas e depois, qual é o sentimento que existe em nós?

Já vi muitas pessoas terem um bom emprego, ter um bom rendimento mensal, ser uma pessoa que parece ter tudo na vida, porém dizer que dava tudo para ter um amor eterno, que sente falta de chegar em casa e ter alguém pra conversar, pois o que tem é apenas um cachorro que fica feliz e abana o rabo ao vê-lo. Mas é só, e tendo tudo isso se sente vazio.

Jabor diz: "Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .”

Creio que Jabor também deve ter lido Baumann, pois os dois concordam que nos tornamos máquinas, temos medo de interromper a carreira, a produção e não sabemos mais lidar com o AMOR. E, que esta palavra está mais distante de nós a cada dia que passa. É mais fácil eu colocar meu perfil no site de relacionamento uma fotinho para ver se encontro alguém que me compreenda e que entenda que quero um amor pra vida inteira. Mas que é ele ou ela que terá de se adaptar ao meu ritmo e não os dois terão que respeitar o espaço do outro.

Jabor diz: “Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso. Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Não é fácil eu dizer EU AMO VOCÊ, é mais fácil emprenhar pelos ouvidos e escutar aquele que está de fora, do que escutar o meu inconsciente.

É preciso aprender a conciliar carreira, sucesso e outras coisas mais, porém não esquecer que temos sentimentos e que posso dizer ao meu filho, ao meu marido que o amo muito!

Mas será que aprendi a dizer EU TE AMO?

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